Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

BREVIARIUM entrevista o pré-candidato à presidência da República Mario Oliveira - Parte II

BREVIARIUM




LEIA A ENTREVISTA OU OUÇA A GRAVAÇÃO:




 
Breviarium - Qual é a sua opinião sobre o homeschooling?

Mario Oliveira - Como eu disse, minha posição é de absoluto respeito às liberdades civis. Se os pais decidem fazer isso, tem de ser respeitado. O que deve ser deixado muito claro para os pais é que o investimento na educação é estratégico para o país. Se os pais conseguem dar uma educação de boa qualidade aos filhos, não haveria por que o Estado intervir.

Breviarium - Em vista de que, nos Estados Unidos, geralmente as crianças educadas em casa têm um desempenho melhor que o das crianças educadas nas escolas, elas tenderiam, em geral, a ter um desempenho melhor também no Brasil, não?

Mario Oliveira - Eu tenho uma certa dificuldades de avaliar isso agora pelo seguinte: para que as crianças sejam educadas em casa é fundamental que os pais tenham um bom nível educacional. Esse não é o caso do Brasil, de forma geral. Há muita gente aqui que não tem condições de educar os filhos em casa. Mas desde que os pais possam demonstrar que tem condições de educar os filhos de forma satisfatória e, como você mencionou, com os filhos podendo até mesmo alcançar um desempenho superior, eu não teria nada contra. Sempre é aquele conceito das liberdades civis. O que acontece aí, eu costumo dizer, é o seguinte:  quando há um confronto entre dois direitos, prevalece aquele que atende melhor o destinatário. Então, entre o “direito” do Estado de estar oferecendo educação e o dos pais de optar pela melhor forma de educar os seus filhos, prevalece a opção dos pais.

Breviarium - Embora no plebisito sobre o desamarmento o “não” tenha vencido, é extremamente difícil para o cidadão de bem comprar uma arma de fogo para que ele possa defender sua familia. O senhor buscaria tornar menos difícil a aquisição de armas de fogo por parte das pessoas de bem?

Mario Oliveira - Sem dúvida alguma. Principalmente em um Estado que não fornece um serviço público de segurança adequado. Caso o cidadão entenda que ele tem a necessidade de se armar, evidentemente que de forma legal, eu daria melhores condições e facilitaria esse procedimento.

Breviarium - O senhor é a favor da legalização do aborto?

Mario Oliveira - Não.

Breviarium - O senhor tem dito que o país vive uma situação de guerra civil, uma vez que 50 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil. Quais medidas concretas o senhor pretende implementar para reduzir o número de homicídios no país?

Mario Oliveira - Olha, isso é um problema muito sério. Na verdade, uma pequena correção: o número de mortes no Brasil é pelo menos 50% maior que esses 50 mil. Então estima-se por volta de 75 mil. O que nós precisamos reduzir no Brasil fortemente é a violência e a impunidade. Então eu considero que a vida é muito barata no Brasil. Para resolver essa questão, o primeiro ponto é valorizar a vida e a liberdade das pessoas. E, para os que transgredirem a lei, aplicar o conceito de rigorismo penal. O que é o rigorismo penal? São leis mais firmes, mais duras e que efetivamente segregrem o indivíduo da sociedade na medida em que ele cometa alguma infração, algum crime. Eu usaria todas as medidas para reduzir a criminalidade, os homicídios, porque eu entendo que é responsabilidade do presidente que o cidadão saia de casa inteiro, incólume, e volte inteiro, incólume. Inclusive, o artigo 85 da Constituição já estabelece que é responsabilidade do presidente a segurança interna. Então, qualquer medida que seja aplicada para reduzir a criminalidade eu vou implementá-la.

Breviarium - O que o senhor pensa da controvérsia sobre o aquecimento global? Existe aquecimento global?

Mario Oliveira - Essa é uma matéria que vem sido discutida de forma apaixonada por vários envolvidos. No caso mundial, a intervenção do homem na natureza cria, evidentemente, consequências. É uma questão de avaliar como isso pode ser minorado. No caso específico do Brasil, eu entendo que o maior problema ambiental que nós temos hoje existe é nas cidades. Devido à situação das nossas cidades, com a quantidade brutal de favelas que existe aqui, o primeiro passo é recuperar esse meio ambiente, recuperar os nossos rios e, principalmente, recuperar nossas favelas, porque a responsabilidade do presidente, do governante, é garantir condições para que as pessoas vivam em ambientes saudáveis – que é o que não ocorre no Brasil. Então, a questão do aquecimento global seria, em ordem de prioridade, a segunda prioridade do meu governo no meio ambiente. A primeira prioridade é recuperar o ambiente urbano.

Breviarium - Então o senhor contemplaria criar impostos para limitar a emissão de carbono?

Mario Oliveira – Na minha opinião, a melhor forma de você reduzir a poluição é cobrando fortemente de quem polui. Então, se as pessoas querem instalar fábricas poluentes, o custo para que elas sejam operadas ficaria tão alto que não se teria o retorno econômico previsto e acaba não havendo poluição.

Breviarium - O que o senhor pensa da ONU?

Mario Oliveira - A ONU já teve um papel importante no passado. Hoje, com as grandes multinacionais, com os grandes grupos econômicos que praticamente dirigem o mundo, a ONU tem apenas uma função homologatória do que se decide em outras instâncias.

2 comentários:

Edivar Fernandes disse...

Olá Senhores,

Muito boa a entrevista da Breviarium, parabéns, vocês estão fazendo um ótimo trabalho. Muito bom também o blog (que desconfio seriamente ser de meu amigo reacionário... heheh)
Grande abraço e sucesso.
Edivar Fernandes

Cavaleiro do Templo disse...

Olá Edivar, tudo bem?

Rapaz, obrigado mas meu trabalho aqui é o de divulgação, esta entrevista foi feita pelo site BREVIARIUM.

E sim, reacionário como os templários que, depois de alguns séculos de invasão muçulmana, reagiram a altura botando-os para correr.

Abração

Cavaleiro do Temlo

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".