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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Eurocéticos: menosprezados ontem, profetas hoje

IPCO
27, dezembro, 2011


Luis Dufaur
Para Peter Oborne e Frances Weaver, do jornal de Londres “The Spectator”, poucos movimentos ou grupos tiveram uma vitória moral tão completa e esmagadora quanto os conservadores eurocéticos no dia de hoje.
“São eles, hoje, os donos do jogo. Não só tinham razão a respeito da moeda única (o euro), a maior questão econômica de nosso tempo, mas tinham razão pelas boas razões. Eles previram com uma precisão e uma lucidez quase profética como e por que o euro ia provocar na sua queda a devastação financeira e o afundamento das sociedades. Simultaneamente, os pró-europeístas passam pela mesma situação dos pacifistas em 1940 ou dos comunistas após a queda do Muro de Berlim: estão perfeitamente knocked-out”.
Os autores da reportagem dedicam densas e longas colunas a mostrar como jornais econômicos como “Financial Times”‒ tido como quase um oráculo infalível da economia livre ‒ deram as costas ao público e entregaram a redação a jornalistas de esquerda.
Desde que operou essa mudança, o FT escolheu errado em quase todas as questões cruciais. Porém, o desacerto sobre o euro bateu todos os recordes. Levado pelo seu esquerdismo camuflado, o “Financial Times” jogou-se de corpo e alma na polêmica pelo euro (moeda que o povo inglês não aceitou) e o fez com um fervor exacerbadamente religioso.
O FT ‘profetizou’ que o fim do dracma (moeda grega) e a entrada da Grécia na zona do euro “é a garantia de uma estabilidade econômica no longo prazo”.
Com acentos líricos, o mesmo FT comemorou a entrada da Irlanda na área da moeda pan-européia. As sondagens publicadas pelo jornal recolhiam índices extraordinários de aprovação ao euro no público inglês. Porém, nenhum político ousava consultar o povo, como aliás foi repetidas vezes prometido em períodos eleitorais, temendo um solene desmentido popular.
Gigantes da comunicação inglesa, como a famosa BBC, denegriam os depreciativamente rotulados de “eurocéticos”. Eles eram tratados como uns “loucos”, ou, como escreveu Andrew Rawnsley do diário “The Observer”, “doidos de amarrar”.
Na realidade, hoje se vê que eles eram os únicos perfeitamente cordatos e sãos de espírito, prosseguem Oborne e Weaver.
Os autores, por fim, não pedem vingança, mas uma explicação aos partidários do euro e da União Européia: “Eles deveriam nos dizer por que eles tentaram empurrar a Grã-Bretanha pela via calamitosa da adesão à moeda única”.
Oborne e Weaver relembram a política do ministro das Finanças, Danny Alexander. Ele qualificava de “inimigos do crescimento” aqueles que ele rotulava com menosprezo de ‘isolacionistas’ ou ‘nacionalistas’.
“Durante cinco anos Alexander fez campanha pelo euro, e, se tivesse atingido seus objetivos, teria conduzido a Grã-Bretanha reto à catástrofe. Como ousou ele tratar desse modo os eurocéticos? Este é um grande momento para que os partidários do euro apresentem suas contas”, concluíram os autores.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".