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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ESPÍRITO SANTO: (operação) Lee Oswald: divergências geram crise institucional entre MP e TJ


 

SÉCULO DIÁRIO

Críticas de Eder Pontes à devolução de denúncia jogam luzes sobre apuração de denúncias contra governo passado

Nerter Samora

31/08/2012 13:13 - Atualizado em 31/08/2012 13:36

A divergência sobre o desdobramento das investigações da “Operação Lee Oswald”ganhou contornos de uma crise institucional entre o Tribunal de Justiça do Estado (TJES) e o Ministério Público Estadual (MPES). Mesmo com nenhum dos lados assumindo o conflito, os meios jurídicos avaliam que as críticas do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes da Silva, ao que considerou ingerência sobre a instituição após a devolução da denúncia criminal da operação, devem jogar mais luzes sobre a apuração de suspeitas contra o governo passado. 

Seguindo o mesmo caminho do antecessor, o atual chefe do MP capixaba não avançou sobre as denúncias de episódios de corrupção cometidos na gestão Paulo Hartung (PMDB). Pelo contrário, a denúncia oferecida pelo procurador-geral de Justiça se restringia apenas aos acusados de fraudes em Presidente Kennedy (litoral sul do Estado), avaliado pelo presidente do TJES, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, como uma forma de minimizar o escândalo apontado com potencial de ser o “maior escândalo de corrupção de nossa história”.

Discursando para uma plateia com membros da instituição, Eder Pontes criticou qualquer ingerência de outro poder nas atividades do Ministério Público e declarou que as investigações sobre os demais fatos narrados no inquérito estão em andamento. Mas considerando a velocidade na condução do inquérito, o caso pode tomar o mesmo do rumo dos encaminhamentos da “Operação Moeda de Troca”, que precedeu as investigações em Kennedy.

Em janeiro deste ano, o então chefe do Ministério Público, Fernando Zardini, afirmou que a instituição apresentaria as denúncias contra os prefeitos de todos os municípios envolvidos no esquema de fraudes em licitações. No entanto, até o final de sua gestão – em maio último –, o procurador de Justiça havia restringido as denúncias à prefeitura de Santa Leopoldina (região serrana), onde surgiu o escândalo.

Na crítica de Pedro Valls, o relator da “Lee Oswald” sinalizou que apenas será possível julgar o caso “com justiça” após a inclusão dos supostos chefe da organização criminosa que atua no Estado. Entre os fatos indicados está a existência de uma fila de empresários para distribuição de obras públicas, assim como indícios de corrupção no sistema prisional, concessão de benefícios fiscais e na compra e venda de terrenos para instalação da Ferrous Resources, no sul do Estado.

“A população capixaba precisa saber que ‘estrutura piramidal’ de corrupção é esta, e quem estaria lá no topo, pontificando como chefe do crime organizado e decerto rindo da impunidade de que gozaria. Não podemos excluir estas pessoas sem que tenha havido a devida apuração”, disse o desembargador, utilizando como referência as declarações do próprio Ministério Público, que não se propôs a desvendar o esquema que havia sugerido. 

Umberto Eco e o politicamente correcto


 

perspectivas

Quinta-feira, 30 Agosto 2012

O. Braga @ 12:22 am

« A única coisa que podemos fazer é estabelecer que é politicamente correcto usar os termos, incluindo o termo P.C. (politicamente correcto), no seu sentido próprio, e quem quiser ser um P.C. neste sentido deve sê-lo dentro dos parâmetros do bom senso. Basta atermo-nos ao princípio fundamental de que é humano e civilizado eliminar da linguagem corrente os termos que fazem sofrer os nossos semelhantes. »

— Umberto Eco, Acerca do Politicamente Correcto, La Repubblica, Outubro de 2004.

Neste artigo de Umberto Eco, ele tenta separar o politicamente correcto, por um lado, do marxismo cultural, por outro lado; tenta dizer que o primeiro não tem nada a ver com o segundo. Diz ele que o politicamente correcto tem exclusivamente a ver com a linguagem, e que as posições políticas e ideológicas de Esquerda, não só não têm necessariamente nada a ver com o politicamente correcto, mas também que a própria Direita tem o seu próprio politicamente correcto (na opinião de Umberto Eco).

O marxista cultural é aquele marxista que chegou à conclusão — por seu próprio raciocínio e inteligência — segundo a qual a defesa das posições ideológicas e/ou políticas marxistas ortodoxas é politicamente correcta, ou seja, é sinónimo de mentecapcia.
Mas como não consegue separar-se da utopia que exerce nele uma influência patológica, o marxista cultural oblitera a praxis ou os aspectos práticos da ideologia (ou da religião política, vai dar no mesmo) e utiliza apenas os seus argumentos teóricos — à semelhança do que fizeram Adorno e Marcuse. Umberto Eco não se esquece de que Gramsci tinha razão: apenas acha patético reconhecer a sua opinião démodée em público; e, por isso, adopta publicamente Adorno ou Derrida ou Habermas.

A verdade é que não só o politicamente correcto não tem só a ver com a linguagem, mas também não é possível separar a linguagem, por um lado, das ideias, por outro lado — ou seja, não é possível separar a linguagem ou o tipo de discurso, da ideologia política. Portanto, Umberto Eco apenas recusa “dar o flanco” político, o que é desonesto da parte dele.

Aquilo que Umberto Eco chama “politicamente correcto de direita” é apenas e só o exagero linguístico e o tipo de discurso necessário, por parte dos conservadores, no intuito de corrigir a assimetria política e ideológica [assimetria de Poder] que o politicamente correcto propriamente dito— que é endogenamente marxista cultural e, por isso, de origem marxista — instituiu no Ocidente depois da queda do muro.
Naturalmente que eu até compreendo que talvez Umberto Eco preferisse que não existisse esse “politicamente correcto de direita” que, de certa forma, tende a equilibrar a actual assimetria política, ideológica e de Poder que existe a Ocidente.

O facto de mudarmos a linguagem não modifica a condição ética de determinados comportamentos. Não é por não usarmos determinada terminologia, ou por adoptarmos outra, que os visados deixam de ser aquilo que são. Por exemplo, não é por chamarmos casamento ao “casamento” gay, que o “casamento” gay passa a ser casamento. A linguagem não altera aquilo que as coisas são em si mesmas. Umberto Eco tinha a obrigação de saber isto; ou pelo menos deveria conhecer aquela frase de Groucho Marx: “Acreditas naquilo que eu te digo, ou naquilo que os teus olhos mentirosos vêem?!”

Portanto, a proposição “eliminar da linguagem corrente os termos que fazem sofrer os nossos semelhantes”, se entendida apenas em si mesma, vale nada, porque a forma por que esses semelhantes são vistos pela maioria das pessoas, não mudou nada: apenas se privatizou compulsoriamente a opinião: Umberto Eco acaba por defender a institucionalização normativa da hipocrisia.

Por outro lado, é extremamente difícil que alguns tipos de comportamentos não sejam mal vistos pela maioria, ou, pelo menos, aceites com cepticismo ou com grandes reservas. Por exemplo, um homem que goste de introduzir um pénis no seu ânus pode ser objecto de uma falsa moralidade e de hipócrita boa educação que esconde a palavra “maricas” ou “fanchono”. Mas a verdade é que as formas através da quais o maricas deixa de ser fanchono aos olhos da maioria, será sempre, ou através da repressão política marxista cultural ou politicamente correcta (como acontece hoje nos países nórdicos e em Inglaterra), ou através da conversão da maioria das pessoas em maricas — que mesmo que não fosse uma impossibilidade objectiva, representaria a impossibilidade do futuro da sociedade.

Marxistas culturais impedem palestra de Don Orleans com xingamentos e agressões: o vídeo abaixo é mais uma evidência do PERIGO que representa o ato do não combate ao esquerdismo.

 

LUCIANO AYAN

 

Fonte: Timbre Vivo

Durante a palestra de D. Bertrand de Orleans e Bragança na Unesp, Campus de Franca, dia 28 de agosto de 2012, um grupo de “estudantes” causa baderna, invade e impede o evento, ameaça pessoas, xinga, ofende, tudo em nome da “liberdade de expressão”. Uma VERGONHA para nossa nação e para a humanidade como um todo. Como isso não fosse o bastante, um bando de gente atacando um dos acompanhantes do palestrante. Ridículo! 20 pessoas para brigar com um idoso.

Meus comentários

Como sempre, mais do mesmo em relação à esquerda.

Não sou muito simpático a adeptos de “causa monárquica”, pois não vejo muito sentido nisso. O que é muito diferente de dizer que ele não tem o direito sequer de se expressar.

Entretanto, notem o “estilão” dos esquerdistas no que diz respeito à liberdade de expressão. Para eles, um oponente é alguém a ser silenciado, e mesmo que seja um idoso, deve ser vítima de agressão sempre que possivel.

Isso só é possível pois a mente do esquerdista é invertida e não consegue ver culpas em si, mas sempre nos outros, e por isso o senso de moral só funciona na base “certo é o que está do meu lado, errado é o que está contra”.

É por isso que a mentalidade de esquerda deve ser combatida da mesma forma que se luta contra uma doença venérea. Não há nada de útil a ser retirado dali, e vemos, na totalidade daqueles manifestantes, a mesma carga de ódio irracional que se via nos tempos de Stalin e Mao. A única diferença é que a estes foi dado o poder absoluto. A garotada ali vai ficar só na vontade. Por enquanto…

Em termos de mentalidade totalitarista, não há diferença técnica nenhuma entre um Pol Pot e cada um daqueles manifestantes.

O vídeo acima é mais uma evidência do PERIGO que representa o ato do não combate ao esquerdismo.

FARC: os novos donos da Colômbia

 

 

NOTALATINA3

 

Olá, amigos!

O Notalatina analisa nesta edição - http://notalatina.blogspot.com.br/2012/08/farc-os-novos-donos-da-colombia.html - a tão festejada "negociação de paz" entre o Governo da Colômbia e as FARC.

Os noticiários brasileiros divulgaram - como sempre - como uma notícia "auspiciosa", entretanto, o que está por trás não tem nada a ver com "paz" ou o "fim do terrorismo" das FARC. Ao contrário, trata-se de um ato criminal de entrega dos destinos do país, à revelia dos cidadãos, nas mãos do bando narco-comuno-terrorista mais antigo do continente, FARC sob determinação e bênçãos do Foro de São Paulo.

Nesta edição vocês vão encontrar vários links para notas e artigos, mas sobretudo documentos originais das FARC onde fica exposto suas intenções, além de vídeos que NUNCA foram sequer comentados no Brasil.

Se vocês quiserem saber o que DE FATO está ocorrendo com essas "negociações", leiam esta edição e assistam aos vídeos porque estas informações são sistematicamente omitidas do público brasileiro, e em lugar da verdade estão repassando uma sórdida mentira que, no futuro próximo irá nos afetar a todos do continente.

E se gostarem divulguem, mas não esqueçam de citar o Notalatina como fonte.


Fiquem com Deus e até a próxima!

Freixo, o PSOL e fogo na bandeira de Israel. Ou: Nem tudo o que não é PT serve!

 

REINALDO AZEVEDO

28/08/2012 às 21:47

Já escrevi sobre o deslumbramento de alguns setores do Rio com a candidatura de Marcelo Freixo, do PSOL, à Prefeitura. O texto está aqui. O título já é bastante eloquente: “O Rio assiste ao renascimento da esquerda festiva e do miolo mole. O queridinho da vez é Marcelo Freixo, do mesmo partido que liderou o caos em São Paulo”.

Lembro, naquele texto, que o PSOL, junto com o PSTU, decidiu promover o caos no transporte público de São Paulo, liderando a greve do metrô. Também dividiu o comando da bagunça promovida pela extrema minoria na USP. Eu sei que Eduardo Paes é candidato à reeleição tendo o PT como vice. Sei também que é o nome apoiado por Lula. Muito bem.

Somos amigos — ninguém rompeu; acho que continuamos. Não dependo dele pra nada nem ele de mim. Isso seria o suficiente para eu votasse nele? Com as alianças que tem, não, embora eu reconheça que tem feito um trabalho competente na cidade. Não se vota em alguém só por uma coisa ou por outra, mas por um conjunto. O pragmatismo não é meu último deus. Agora que fique claro: NEM TUDO O QUE NÃO É PT ME SERVE. Freixo, por exemplo, não me serve. Se, em último caso, eu fosse colocado diante da opção: ou Freixo ou Paes, eu faria o contrário de Chico Buarque e escolheria Paes. Eu faria o contrário de Caetano Veloso e escolheria Paes. Mesmo com o Babalorixá de Banânia apoiando o prefeito.

E faria porque Freixo tem um partido, ora essa! E esse partido pensa um conjunto de coisas. Mais do que isso: esse partido faz um conjunto de coisas que repudio de forma clara, inequívoca, definitiva. A luta do candidato contra as milícias não é, por óbvio, o suficiente para me mobilizar. Só isso? Não! Há mais. Leiam o informa o Globo. E isso, para mim, arremata a questão. Volto para fechar.

Freixo comenta atitude de aliado que queimou bandeira de Israel

Por Bruno Góes e Luiz Gustavo Schmitt:
O candidato do PSOL à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, comentou nesta terça-feira a atitude de seu aliado em vídeo do Youtube, o candidato a vereador Babá. Em imagens que circulam nas redes sociais, Babá aparece queimando uma bandeira de Israel. No Twitter, Freixo discordou da postura do colega de partido, mas ressaltou que ele é “um militante combativo”.

“Baba é um militante combativo, nesse episódio ele errou. Ser contra um governo não é ser contra um país”, postou ele, que completou: “Sou contra a atitude dele, já me posicionei publicamente. Isso não anula toda luta dele”. O vídeo questiona o apoio dado por Freixo ao aliado. Babá, por outro lado, defendeu a sua atitude e respondeu ao vídeo em um artigo publicado nesta terça, em seu blog. No texto, intitulado ‘Resposta à campanha da direita sionista contra o PSOL”, Babá afirma que o crescimento de Freixo nas pesquisas resultou numa campanha difamatória desencadeada pela direita sionista contra o PSOL.

O candidato a vereador afirma que o vídeo é de 2009. Além da bandeira de Israel, a dos EUA também foi queimada. O candidato diz que a manifestação fez parte de uma jornada mundial de manifestações de solidariedade ao povo palestino, que sofria um ataque militar naquele momento. Babá chama o estado de Israel de “racista e nazista, que ataca e mantêm seu domínio sobre os palestinos graças ao terror e a repressão feroz, da mesma forma que o fizeram os sucessivos governos da minoria branca na África do Sul”.

“A esquerda socialista tem a responsabilidade e a obrigação de dizer a verdade ao povo brasileiro e educar as novas gerações sobre o real significado do Estado racista de Israel, assim como de manifestar a irrestrita solidariedade com o povo palestino”, diz ele. Por fim, Babá afirma que logo os adversários vão buscar outros temas considerados tabus para impedir a tendência de crescimento da candidatura de Freixo.

Encerro
Está tudo claro aí. Freixo não apoia a atitude do colega de partido, mas também não a repudia de modo inequívoco. Prefere exaltar as suas virtudes militantes, embora Babá faça aqui o que faz o governo do Irã. Compreendo. Então tenho de lembrar: um terrorista italiano está na origem da formação do PSOL. Seu nome: Achille Lollo. Já contei essa história aqui. Esse Freixo para consumo dos bem-pensantes não nega a natureza do seu partido. O Caetano e o Chico que toquem violão pra ele.  

Por Reinaldo Azevedo

Debate do mensalão: O STF está lento demais

 

Publicado em 30/08/2012 por vejapontocom

O julgamento de Kátia Rabelo e outros executivos do Banco Rural, a renúncia de João Paulo Cunha à candidatura à prefeitura de Osasco e a duração das sessões do STF são temas do 10º debate do mensalão.

Para quem ainda não sabe…

 

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Por quê José Serra vai perder

 

Publicado em 31/08/2012 por nivaldocordeiro

As recentes pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope revelaram que Celso Russomano subiu e que José Serra caiu. Por quê? Porque Serra e o PSDB sempre ganharam de graça o voto do eleitorado conservador, que repudia fortemente o PT. Agora Celso Russomano chegou com o discurso de centro-direita e tomou, sem esforço, esse eleitorado para si. O fato é que o discurso esquerdista está congestionado e José Serra poderá sair dessa eleição ainda no primeiro turno. O projeeto das esquerdas em São Paulo está fazendo água, está todo mundo cansado da social-democracia e do petismo. Hora da direita se fazer ouvir.

Simples assim

 

Mensalão: STF abre caminho para mais condenações

 

VEJA

30/08/2012 - 10:46

Justiça

Argumentos usados por integrantes do STF para condenar primeiros réus derrubam teses da maior parte dos advogados e confirmam pilares da acusação

Gabriel Castro e Laryssa Borges

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) durante julgamento do mensalão

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) durante julgamento do mensalão - Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

A condenação do deputado João Paulo Cunha pelo expressivo placar de 8 votos a 2 no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, abriu caminho para a punição dos outros réus no processo. A corte vai encerrar nesta quinta a análise do primeiro item da denúncia com um saldo de cinco condenados e um inocentado - o ex-ministro Luiz Gushiken, cuja absolvição foi pedida pelo próprio Ministério Público Federal. Falta o voto do presidente, Carlos Ayres Britto. Mas já é possível tirar conclusões sobre o comportamento dos magistrados.

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A corte vai iniciar nesta quinta-feira a análise das denúncias contra integrantes do chamado núcleo financeiro do esquema, especialmente os ligados ao Banco Rural. Superada essa etapa, será a vez de julgar os beneficiários e comandantes do mensalão. Confira no vídeo a seguir a análise da sessão desta quarta, por Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, o historiador Marco Villa e Carlos Graieb, editor-executivo do site de VEJA:

Tão importante quanto as condenações foi o rumo delineado pela primeira etapa de julgamento. Até agora, os pilares da acusação do Ministério Público Federal se mantêm intactos, e por uma folgada maioria. A maior parte dos ministros declarou expressamente que o destino dos recursos recebidos pelos corruptos não interfere na tipificação do crime, o que derruba a tese de que tudo não passou de caixa dois de campanha.  “Não interessa se o dinheiro foi aplicado ou não no pagamento de pretensa pesquisa”, afirmou o ministro Cezar Peluso ao condenar João Paulo Cunha.

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Além disso, os magistrados deixaram claro que, nos casos de corrupção, a comprovação do chamado ato de ofício não é essencial. Para os mensaleiros, isso significa que o simples recebimendo dos recursos do valerioduto deve ser interpretado como ato de corrupção passiva.

"Para que haja corrupção ativa, basta que se ofereça (vantagem indevida). Pode haver, inclusive, a recusa", ressaltou Marco Aurélio Mello. Celso de Mello seguiu o mesmo caminho: "A expressão ‘ato de ofício’ não pode ser vista como uma contraprestação efetiva e real. Basta qualquer solicitação em que a percepção de indevida vantagem se dê na perspectiva do ato de oficio". Para os deputados beneficados pelo esquema e os comandantes do mensalão que se apegavam ao argumento de que o voto parlamentar não constitui ato de ofício, a perspectiva não é das melhores.

A ministra Rosa Weber, a primeira a votar depois do relator Joaquim Barbosa e do revisor Ricardo Lewandowski, fez uma notável síntese que, depois, ecoou no voto dos demais ministros: "A indicação do ato de ofício não integra o tipo legal da corrupção passiva. Basta que o agente público que recebe a vantagem indevida tenha o poder de cometer ato de ofício para constituir o crime. Também não importa o destino dado ao dinheiro, se foi gasto em despesas pessoais ou dívida de campanhas politicas. A vantagem não deixa de ser vantagem indevida", afirmou.

Um terceiro ponto fundamental da acusação, a existência de dinheiro público no esquema do mensalão, também foi plenamente aceito pela corte: ao condenar João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, os ministros confirmaram a acusação de que o valerioduto foi abastecido com recursos pagos irregularmente a empresas de Marcos Valério: cerca de 1 milhão de reais saíram da Câmara. Do Banco do Brasil, outros 77 milhões.

STF: o Estado é maior que o partido

 

Publicado em 30/08/2012 por nivaldocordeiro

Ontem foi um dia histórico, no qual o STF completou a condenação de João Paulo Cunha e os demais réus do mensalão. A fala sóbria, didática e lógica do ministro Cesar Peluso marcou a sua despedida como magistrado, em momento de inspiração. Mas o que realmente emocionou foi o libelo ético-político do ministro Celso de Mello, como quem dissesse, falando em nome da Corte: o Estado é maior que o partido. O ministro Gilmar Mender se perguntou "como puderam fazer aquilo com o Banco do Brasil". Emendou dizendo que nunca caímos tão baixo em práticas políticas. Vê-se que a Corte puxou para si o papel que outrora estava reservado aos militares, de dar um basta na orgia de corrupção. A maioria sólida calou os dois únicos ministros alinhados com as ordens partidárias, Ricardo Lewandowski e Dias Tóffoli. A situação desses dois está insustentável perante a opinião pública e os cultuadores das letras jurídicas. O STF deu um brado de força e ordem. Enquadrou a semente maligna do totalitarismo.

Abaixo-assinado em favor da liberdade de expressão do prof. Carlos Ramalhete

 

CLIQUEM AQUI PARA ASSINAR

 

 

 

Para: Jornal Gazeta do Povo (leiam os motivos deste abaixo-assinado no rodapé)

Alguns de nós, abaixo assinados, acham que o Prof. Carlos Ramalhete tem razão. Outros não. Mas todos estamos de acordo num ponto: é absolutamente necessário que a Gazeta do Povo continue lhe garantindo o espaço onde ele possa externar livremente suas opiniões com a nobreza e o vigor da sinceridade que o caracteriza.

Os que querem calar a sua voz não são inimigos de toda liberdade. Só são inimigos da liberdade alheia. Da deles próprios eles gostam tanto que querem estendê-la indefinidamente, passando como um rolo compressor sobre a de que quem deles discorde. Sua intolerância à divergência é psicótica, seus métodos de intimidação inconfundivelmente fascistas. Ceder à pressão deles, na ilusão de aplacar-lhes a fúria, é suicídio: sirva-lhes hoje a cabeça do prof. Ramalhete, amanhã eles exigirão a sua.

Louvamos enfaticamente a coragem da Gazeta do Povo ao manter entre seus colunistas um homem de convicções honestas e francas, e solicitamos que não mude sua política, que continue honrando, como tem feito até agora, a tradição da liberdade de imprensa.

CLIQUEM AQUI PARA ASSINAR


_________________________________________

 

Estão dizendo isto do professor CARLOS RAMALHETE:

Pessoal, existe um colunista da Gazeta do Povo chamado Carlos Ramalhete. Parece que o foco principal deste colunista é promover o preconceito e a intolerância.

Acho que muitos irão concordar que o que menos precisamos hoje em dia é de gente divulgando ódio e preconceito por aquilo que não gosta, não entende ou não aceita. Já temos violência suficiente sem incitadores como Carlos Ramalhete.

Acho um absurdo a Gazeta do Povo abrir espaço para estas ideias e ainda querer se isentar de responsabilidade dizendo que a opinião dos colunistas não reflete a opinião do veículo.
Pra mim já deu.....FORA CARLOS RAMALHETE

Para quem não conhece vou ilustrar com dois textos lindos do Ramalhete:

Sobre as mulheres intitulado Gambás e alcatras:
http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1274416&tit=Gambas-e-alcatras

Sobre Adoção por casais homessexuais intitulada Perversão da adoção:
http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1292008&tit=Perversao-da-adocao

Acho que se todo mundo pedir a retirada deste elemento e denunciar a página do mesmo conseguiremos ser notados:
https://www.facebook.com/pages/Carlos-Ramalhete/140532172691065

Frente Evangélica não vai aceitar a legalização do aborto, diz Magno Malta

 

SANDRA ANDRADE

FRIDAY AUGUST 31ST 2012

O senador capixaba tratou também sobre a descriminalização do porte de drogas e da criminalização das manifestações contra a homoafetividade.

Durante um reunião ocorrida nesta quinta-feira (30) entre a Frente Parlamentar Evangélica e o relator da proposta de reforma do Código Penal (PLS 236/12), senador Pedro Taques (PDT-MT), o senador Magno Malta (PR-ES) garantiu que os parlamentares evangélicos não vão aceitar qualquer tentativa de legalizar o aborto no Brasil.

“Nós não vamos negociar esse tema. Não atentaremos contra a natureza de Deus. Se Deus determina a vida e a ele cabe o porquê de todas as coisas, não cabe a nós questioná-lo”, afirmou.

O senador evangélico também debateu sobre a possibilidade de legalizar a posse de drogas, uma proposta que tem como objetivo não mais tratar como criminoso o indivíduo que for pego com uma quantidade de drogas e alegar que é para consumo próprio.

Na visão de Magno Malta a população é quem vai acabar perdendo com tal medida: “Estamos combatendo o tabagismo e as grandes indústrias estão perdendo lucro. A maconha, se legalizada, será industrializada. É preciso ter em vista quem ganhará com a legalização das drogas, porque a população em geral só tende a perder”.

Outro tema que não poderia deixar de ser debatido foi a criminalização das manifestações contra a homoafetividade. Em outras oportunidades o senador capixaba já se manifestou contra propostas como o PL 122/2006 que torna crime emitir opiniões contrárias a homoafetividade.

“Devo aos homossexuais o meu respeito e não sou homofóbico. Agora é preciso ficar claro que a televisão ridiculariza o tempo todo os homossexuais. Agora vai um pastor falar mal dos homossexuais. É preciso ter liberdade de expressão”, disse ele.

REPUBLICANO MITT ROMNEY PASSOU A LIDERAR CORRIDA PRESIDENCIAL AMERICANA, SEGUNDO ÚLTIMA PESQUISA.

 

BLOG DO ALUIZIO AMORIM

quinta-feira, agosto 30, 2012

Mitt Romney e sua esposa Ann na convenção em Tampa, na Florida.

Aproveitando a visibilidade conferida pela Convenção Nacional Republicana desta semana, Mitt Romney assumiu uma ligeira vantagem sobre o democrata Barack Obama na disputa presidencial norte-americana, segundo pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quinta-feira. Romney começou a semana com 42%, quatro pontos percentuais atrás de Obama, que tinha 46%, de acordo com a primeira etapa da pesquisa, atualizada diariamente com a substituição de parte da amostra. No levantamento desta quinta-feira, entretanto, o republicano já aparece a frente com 44% contra 42% das intenções de voto de Obama.

A convenção realizada em Tampa, na Flórida, colocou o ex-governador de Massachusetts sob os holofotes, e nesta quinta-feira à noite ele faz o discurso em que aceitará formalmente a candidatura. A pesquisa Reuters/Ipsos, realizada pela Internet junto a 1.481 eleitores registrados, tem um índice de credibilidade de 2,9 pontos percentuais para mais ou menos.

A pesquisadora do Ipsos, Julia Clark, disse que os resultados mostram que Romney está se beneficiando da cobertura do evento partidário de três dias. "Eu diria que a convenção está indo muito bem para ele", observou a pesquisadora. Leia MAIS

Em bilhete, Dilma questiona ministras sobre acordo no Congresso

 

G1

30/08/2012 17h05 - Atualizado em 30/08/2012 19h06

 

Dilma diz a Izabella e Ideli que não sabe de acordo sobre Código Florestal.
O texto aprovado pela comissão especial contraria a orientação do governo.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília

341 comentários

Dilma lê bilhete durante cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Beto Barata/AE)Dilma lê bilhete durante cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Beto Barata/AE)

Durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (30), a presidente Dilma Rousseff enviou um bilhete escrito por ela à mão às ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente). A presidente cobrou explicações sobre o acordo firmado nesta quarta-feira (29) pela comissão especial mista que analisa o Código Florestal.

No bilhete, entregue às ministras por um funcionário do cerimonial da Presidência, Dilma escreveu: “Por que os jornais estão dizendo que houve um acordo ontem no Congresso sobre o Código Florestal? Eu não sei de nada?”.

saiba mais

O texto aprovado pela comissão especial contraria a orientação do governo. Beneficia os médios produtores ao prever que, nas propriedades de 4 a 15 módulos fiscais com cursos de água de até 10 metros de largura, a recomposição de mata ciliar será de 15 metros. O texto original era mais rígido e determinava que propriedades de 4 a 10 módulos teriam que recompor 20 metros.

O bilhete passou pelas mãos de Izabella Teixeira e de Ideli. Há uma resposta no bilhete: “Não houve acordo com o governo? A posição do governo é a defesa da MP, com foco especial na ‘escadinha’”.

No início da noite desta quinta-feira (30), a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que a resposta que aparece no bilhete escrito pela presidente Dilma é da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Um dos principais pontos da MP enviado pelo Planalto é a criação de regras diferentes de recomposição de áreas de proteção de acordo com o tamanho de cada propriedade, dispositivo apelidado de “escadinha”.

Na prática, obriga todos a recomporem, mas torna a lei mais branda para os pequenos e mais rígida para os grandes.

Bebês correm perigo! O novo código penal é o novo código da morte de inocentes!

 

IPCO

O tempo de um Brasil em que a vida humana é segura está acabando.

Eu não estou falando da onda de criminalidade que se espalha pelo País. Eu me refiro a algo MUITO MAIS GRAVE, que tornará o crime em... LEI.

Sim. É o que vai acontecer se o Novo Projeto de Código Penal for aprovado como está.

E essa aprovação está sendo tramada na calada da noite.

A imprensa já começou a divulgar que o Congresso Nacional dificilmente irá votar o anteprojeto do Novo Código Penal este ano, por conta das eleições municipais.

Você acredita nisso? (Então aja agora mesmo!)

Essa manobra já foi utilizada em diversas ocasiões em nossa história, mas... No tempo em que não havia Internet, não havia comunicação rápida...

... E gente como eu e você não nos conhecíamos e nem tínhamos contato como agora.

Como você certamente sabe, estamos em campanha contra esse absurdo anteprojeto que, entre outras medidas, pretende descriminalizar o aborto em muitos casos.

(Entenda mais sobre o anteprojeto aqui!)

Mais de 60 mil pessoas assistiram ao filme “Diga Não à Cultura da Morte” e acima de 20 mil resolveram descruzar os braços e entrar nessa luta assinando a:

Petição ao Presidente do Congresso Nacional para que a vida seja defendida na Reforma do Novo Código Penal Brasileiro.

Mas é preciso muito mais para pressionar os políticos.

Sobretudo os covardes, os "maria-vai-com-as-outras", que preferem desagradar a você que os elegeu, do que o seu amigo de partido ou quem lhes consegue vantagens, nem sempre honestas.

Veja aqui como você pode fazer sua voz valer!

Vamos, juntos, fazer um grande esforço para aumentar consideravelmente o número de Petições assinadas contra o anteprojeto do Novo Código.

Quanto maior o número de assinaturas, maior a pressão sobre o Congresso Nacional e, sobretudo nos políticos omissos e desinformados, que deixam as coisas correrem ao bel prazer de uma minoria.

Não podemos admitir, de braços cruzados, a implantação da cultura da morte no Brasil.

Assista ao filme “Diga Não à Cultura da Morte”.

Portanto, Máximo, reforço meu pedido de sua participação ativa, para que façamos um
esforço especial antes da votação do Novo Código.

Indique o filme “Diga Não à Cultura da Morte” a todos os seus contatos.

Explique para eles o que está prestes a acontecer no Brasil, se ficarmos omissos como os políticos covardes.

Não vamos deixar que uma minoria de burocratas de Brasília determine o que é bom
para você, para mim, para nossas famílias
.

Recomende este filme ao máximo de pessoas possível. Diga a elas que você não se omitiu,
que você defendeu a vida
, com um simples clique, e que elas podem e devem fazer o mesmo.

Atenciosamente,

Mario Navarro da Costa
Diretor de Campanhas do
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
www.ipco.org.br

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Um Ensaio sobre o Mensalão

 

Publicado em 17/08/2012 por Claudio Lessa

Um "Ensaio sobre o Mensalão" é mais que um vídeo-comentário. Ele faz duas perguntas para estimular o debate em torno do tema. Assista ao vídeo e dê sua opinião! Está no Blog do Lessa (http://www.claudiolessa.com)

A engenharia do conflito

 

GNOSIOFOBIA BRASILEIRA

QUARTA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2012

Estamos assistindo uma verdadeira “revolução” social onde parte de uma população luta por “direitos” e “liberdades”. 

Não é surpresa que os que partidos socialistas estão sempre oferecendo suporte intelectual, financeiro e logístico a todos esses movimentos Indigenistas, Quilombolas, Feministas, LGBT, Ateístas ou qualquer outro que declare buscar tais “liberdades.”

Não sou sociólogo, filósofo e nem um erudito, por isso foge de minha pretensão encontrar as respostas para as perguntas que pretendo fazer nesse texto, e tenho a esperança que aqueles que tiverem a paciência de lê-lo, e estejam identificados nestes grupos, possam fazer a caridade de responder.

Para não me aprofundar nos questionamentos, levantarei apenas o ateísmo militante, o movimento indigenista, o feminismo e o movimento LGBT. 

FEMINISMO X LGBT

Richard Dawkins, biólogo e entusiasta ateu, faz duras críticas ao uso da palavra “gênero” para distinguir o sexo, e pelo pouco que sei do movimento LGBT o gênero independe do sexo (masculino ou feminino). 

O movimento LGBT pede para que assim como determina a constituição todos devem ser tratados como “iguais perante a lei”. Solicitam o direito a se casar, como se o que estivesse escrito fosse “todas as relações são iguais perante a lei”, e serem aceitos pela sua identidade de gênero e não mais pelo sexo que veio definido em seu fenótipo. 

Digamos que tal “regra” seja aceita no Brasil, ou ainda, que todo o planeta adotasse tal “solicitação”.... Como ficaria o movimento feminista?

Faço essa pergunta por que as mulheres foram excluídas desde sempre, e os direitos adquiridos durante o milênio podem “perder valor”. Se alguém não entendeu eu explico: 

Hoje é lei no Brasil, todo partido político deve reservar um terço das vagas de candidatos a cargos eletivos para as mulheres. Como fazer caso um homem que se autodeclare mulher queira ocupar uma destas vagas?

E as olimpíadas? Não nos façamos de ingênuos quanto à força superior do sexo masculino, sendo assim repito a pergunta: Como ficariam os jogos? Um atleta se declara mulher e disputa a modalidade feminina? Voltaremos às origens? Sabemos que por volta de 700 a.C., na Grécia,apenas homens podiam circular pelo santuário e complexo desportivo especialmente construído no oeste do Peloponeso, chamado Olímpia. Ali disputavam nus os jogos que funcionavam como uma espécie de festival em homenagem a Zeus.

Já estou imaginando um time de basquete todinho composto por homens autodeclarados mulheres disputando os jogos do basquete feminino. Quem poderia dizer que não são mulheres (mesmo que não sejam “operados”) se o gênero independe do sexo? Chamaríamos de “homofóbicos” aos que se oponham a isso? Bem, se aprovada a lei que impede a crítica aos homossexuais é possível que prendamos os críticos.

Como ficará o movimento feminista igualmente fomentado por partidos socialistas? Não teremos um conflito no futuro?

ATEUS X INDIGENISTAS, QUILOMBOLAS, CRISTÃOS...

Outra questão que ninguém consegue responder em relação ao ateísmo militante:

Os ateus proferem a toda hora que o ESTADO não pode permitir o uso de drogas em cultos (referindo-se ao chá do Santo Daime), afinal tal droga não é lícita e aprovada para consumo de toda a sociedade. Alegam também que rituais e a exibição de símbolos religiosos não poderiam ser realizados em áreas do Estado, ou seja, os religiosos ficariam limitados a seus templos e residências para prática de seus cultos, além disso todo e qualquer símbolo religioso deverá ser retirado de espaços públicos.

E o que diriam os indigenistas? Algumas tribos recorrem a ervas alucinógenas para cultos onde os praticantes “fazem contato com entidades espirituais”. Não só isso, a área de uma tribo continua sendo território nacional, embora sejam respeitadas as práticas realizadas por algumas tribos, tal área, demarcada pelo Estado ou não, continua limitada a soberania deste país. Então teríamos que exterminar as práticas, exibição de imagens em áreas públicas e qualquer menção a entidades espirituais por parte dos índios? E uma cidade que nasceu de uma tribo indígena? Teremos que mudar seu nome, tirar símbolos e homenagens a qualquer entidade cultuada por eles?

Deveremos retirar toda carranca, ou qualquer outro símbolo místico das culturas tribais africanas?

Juazeiro do Norte teria que retirar a imagem do “Padrinho Cícero”? Deveríamos mudar o nome de São Paulo, retirar o Cristo Redentor do Rio de Janeiro e prender as pessoas que se oponham a isso?

Os partidos socialistas apoiam o movimento indigenista e também o movimento ateísta. 

Não estamos plantando conflitos futuros? Se a resposta for sim, porque continuamos? Se for não, que expliquem de maneira no mínimo razoável as razões pelas quais você acreditaria que isso tudo não é para separar e trazer conflito a nossa sociedade. 

Aguardo sua resposta,

Dárcio Bracarense

Eis a liberdade da “elite pensante” republicana e democrática.

 

FRATRES IN UNUM

O Fratres in Unum se solidariza e oferece suas orações por nosso príncipe Dom Bertrand.

Falta de respeito: Estudantes da Unesp atacam trineto de Dom Pedro durante palestra

Franca Notícias.com – O trineto do imperador Dom Pedro II foi praticamente atacado por estudantes da Unesp em Franca.

Dom Bertrand de Orleans e Bragança esteve em Franca na noite de terça-feira (28), e pretendia realizar uma palestra na universidade, mas o evento foi marcado por manifestações de estudantes.

A palestra falaria sobre a importância da monarquia no país, mas assim que chegou a sala, o palestrante foi chamado de nazista e acusado por vários estudantes de ferir a dignidade humana.

Muitos universitários acabaram xingando o trineto de Dom Pedro e fizeram gestos obscenos em direção ao palestrante.

Diante da situação, a palestra teve que ser transferida para a faculdade de direito, onde Dom Bertrand foi recebido de uma forma mais educada.

Em relação aos universitários da Unesp, o descendente do Imperador afirmou que foi uma estupidez.

Episódios de falta de educação na Unesp de Franca não são novidades, tempos atrás, estudantes em protesto defecaram na frente do reitor da universidade durante a realização de um evento no antigo campus na centro de Franca.

Créditos ao leitor: Lucas Janusckiewicz Coletta

Lula quer mandar no Supremo Tribunal Federal

 

AUGUSTO NUNES

29 de Agosto de 2012

 

O descontentamento do ex-presidente com os rumos do julgamento do mensalão mostra que, para ele, ministro do STF é cargo de confiança.

Site português noticia a situação do Ricardo Gama: Ricardo Gama e a ‘privatização’ da repressão política no Brasil

 

perspectivas

Quarta-feira, 29 Agosto 2012

Filed under: Política,politicamente correcto — O. Braga @ 5:32 pm

*** ao invés de 11 tiros foram 6.


Fiquei hoje a saber da existência de um caso, no Brasil, de um bloguista (ou blogueiro?), de seu nome Ricardo Gama, que levou 11 tiros por ter desafiado publicamente o status quolulista/dilmista brasileiro. Quem se mete com Dilma Roussef, leva! O problema é que Ricardo Gama sobreviveu…!

E como — infelizmente para o status quo dilmista — Ricardo Gama sobreviveu a 11 tiros “encomendados” pela política correcta brasileira, foi condenado a três meses de prisão por delito de opinião. Naturalmente que, logo que o bloguista esteja dentro da prisão, acabam definitivamente com ele e de forma silenciosa.

Não me interessa saber se Ricardo Gama é libertário ou conservador. O que me interessa saber é que, provavelmente, não existe hoje mais liberdade de expressão no Brasil do que a que existia durante a ditadura militar. O que mudou foi o método de repressão.

Hoje, a repressão política dilmista não é assumida pelo Estado brasileiro [como o era na ditadura militar], mas antes é utilizada uma rede “privada” — ou seja, oficialmente, essa rede não pertence ao Estado brasileiro nem é directamente controlada por este — de operacionais actuando em roda livre. Ou seja, a situação actual tende a ser ainda pior do que era no tempo da ditadura militar, porque durante esta última existia, pelo menos, um certo controlo na acção política repressiva por parte do Estado brasileiro.

Ricardo Gama

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Voto de ministros indicados por Dilma frustra Lula e PT

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Aliados dizem que ex-presidente está abatido com resultado parcial do julgamento

Petistas alimentavam expectativa de que Fux e Weber decidissem pela absolvição de réus como João Paulo Cunha

NATUZA NERY
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou a aliados frustração e abatimentos com o resultado parcial do julgamento do mensalão, principalmente com o voto de Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luiz Fux.

Os dois últimos foram os únicos indicados ao Supremo Tribunal Federal pela presidente Dilma Rousseff.

Nos bastidores do partido e em setores do governo havia expectativa de que esses ministros votassem pela absolvição dos petistas, entre eles o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha, que pode ser condenado hoje por dois crimes.

Petistas também avaliavam que os três enfraqueceram a tese de que o mensalão não passou de um esquema de caixa dois eleitoral.

O diagnóstico foi feito após a sessão de anteontem, quando João Paulo Cunha ficou a dois votos apenas da condenação por peculato (desvio de dinheiro por funcionário público) e corrupção passiva.

Além de votarem pela condenação do réu, Cármen Lúcia, Fux e Weber foram fundamentais contra a tese do caixa dois, dizem petistas.

A defesa de vários réus sustenta que o dinheiro que receberam do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza era para gastos de campanha que não foram incluídos na contabilidade oficial. O próprio Lula, à época, corroborou a tese do caixa dois.

Já a acusação feita pelo Ministério Público diz que o dinheiro era para compra de apoio político.

Nos bastidores, integrantes do PT acusavam os magistrados de "traição". Mas tanto Lula quanto os petistas isentam Dilma de responsabilidade pelos votos dados.

Ontem, Lula e ministros do governo Dilma, inclusive Ideli Salvatti (Relações Institucionais), telefonaram a João Paulo para manifestar solidariedade. Foram, segundo apurou a Folha, mais de 200 mensagens de apoio.

Apesar disso, o ex-presidente avisou a interlocutores que atuará para que ele retire sua candidatura à Prefeitura de Osasco caso seja condenado hoje pelo Supremo.

Aos amigos próximos, João Paulo não descarta a alternativa da renúncia. No partido, o temor é que a insistência dele em concorrer ponha em risco o desempenho da sigla.

A depender do resultado, o comando do PT pode ser recrutado, a pedido de Lula, para convencê-lo, sob pena de ser responsabilizado por uma derrota para o PSDB.

João Paulo é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar agências de Valério em contratos com a Câmara dos Deputados quando ocupou a presidência da Casa.

Até agora, seis dos 11 ministros do STF já expuseram seus votos, quatro pela condenação e dois pela absolvição. Ontem, mesmo dizendo-se decepcionado com o curso do julgamento, João Paulo ainda mantinha esperança de obter pelo menos mais dois votos favoráveis.

Isso porque advogados veem possibilidade de pedir novo julgamento caso haja a condenação com pelo menos quatro votos pela absolvição.

"Ele está se sentindo injustiçado", disse o coordenador de comunicação da campanha, Gelso de Lima. Segundo ele, o partido testará em pesquisa o efeito na candidatura de eventual condenação.

"A única coisa que posso garantir é que João Paulo está acompanhando e vai se manifestar após o julgamento", disse o advogado Alberto Toron, com quem o réu se reuniu ontem.

O sistema de cotas e a distopia autorizada

 

MÍDIA A MAIS

16 | 08 | 2012

 

Por: Maria Júlia Ferraz

Antes que aleguem elitismo por parte da autora deste texto, deixo claro que, no Brasil, nem tudo é como parece ser. Ou seja, uma atitude ou uma lei que aparentemente beneficie a população com poder aquisitivo mais baixo não significa melhorias reais para essa parcela da população. No entanto, criticar algumas dessas leis é pedir para ser execrado pela maioria das cabeças pensantes.

Sofremos de uma culpa tão grande pela desigualdade social que ficamos cegos quanto ao que realmente poderia mudar os quadros de miséria econômica e cultural no Brasil.

Confundimos a pintura externa de um imóvel com uma reforma em sua estrutura. A pintura deixa a casa mais apresentável, mas não resolve de forma alguma os problemas que porventura existam em seu alicerce. Quantas vezes é preciso destruir para reerguer?

É dentro dessa confusão que encaixo a sanção da lei sobre 50% das vagas das escolas técnicas e universidades federais serem destinadas aos alunos oriundos das escolas públicas. Aparentemente, ela funciona como um mecanismo de recuperação daqueles que não foram agraciados com uma boa formação básica nas...ESCOLAS PÚBLICAS.

A educação brasileira sofreu um sucateamento que beira (sendo muito otimista) o irreversível. É só passear pelas redes sociais para perceber o quanto a grande maioria dos brasileiros escreve muito, muito, muito mal. Quando digo mal, não estou fazendo referência à norma culta, ao uso refinado de vírgulas, palavras com grafia complicada. Refiro-me ao trivial, às conjugações verbais e nominais mais simples, à ortografia básica. E a língua é instrumento de comunicação interpessoal, assim como é também mecanismo para compreensão do mundo em que se vive. Uma alfabetização ruim é prejudicial sim para o resto da vida escolar.

Se o governo quisesse realmente promover a melhoria do ensino no Brasil e instrumentalizar o cidadão, daria melhores condições de trabalho ao professor. Utilizaria o tanto de imposto que rouba do trabalhador e organizaria um sistema de ensino que poderia receber verdadeiramente o nome de FUNDAMENTAL. Principalmente ao professor da rede pública, àquele que trabalha com a formação do cidadão. Aliás, não vem ao caso, pois não é a proposta deste artigo, mas, para isso, o governo e os engenheiros sociais teriam que rever o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – que protege “adolescentes” que ameaçam seus professores de morte.

A educação no Brasil é um problema estrutural. Assegurar vagas por meio das ações afirmativas [*] não vai qualificar o que não tem qualidade. E quem se posiciona contra é tachado, sem nenhuma reflexão, de RACISTA, RICO, BRANCO MIMADO. No Facebook, uma das redes sociais preferidas dos adolescentes, vi um “convite” que convocava os estudantes do ensino médio das escolas públicas para uma passeata pró-cotas. O convite dizia que, se você era contra as cotas, significava que você era branco, tinha estudado em escola particular, sua família tinha recebido terras no século XIX para “branqueamento” do Brasil (a lei de terras do II Reinado não foi lá grande coisa, mas branqueamento do Brasil é algo inverossímil), entre outras asneiras.

Não passa pela cabeça desse estudante que as ações afirmativas (como a política de cotas) são inconsistentes porque não redimensionam o papel da educação no país?

O estudante da escola pública tem o direito de se posicionar a favor da educação? Claro! Com toda a certeza. Deve se posicionar a favor da educação, da qualidade, do acesso a boas universidades. O grande problema é que as cotas não significam a defesa da educação, nem o acesso a uma boa formação.

A política de cotas é apenas a pintura em um prédio cuja estrutura está comprometida.

Em conversa com um professor de uma universidade federal foi comentada a seguinte situação: “Meus alunos não conseguem ler. Posso dar o mais simples texto relacionado a autores clássicos da disciplina que leciono. Boa parte da sala de aula não consegue acompanhar.”

A formação capenga dos estudantes brasileiros engessa o crescimento do Brasil. É claro que os estudantes não podem ser culpabilizados por isso. Mas seria necessário que alguém mostrasse que há benefícios em uma boa formação. Isso não é elitismo. Quem disse que é necessário nivelar por baixo para que todos tenham acesso à educação e à cultura? Isso sim é preconceito. É como se afirmássemos que o pobre tem que se contentar com menos.

É só olhar para a História. Não a História enquanto elemento ideológico, mas a História como significância dos fatos e análises de acertos e erros. A boa formação cultural sempre esteve no cerne de toda grande civilização, cada qual com seu tempo histórico. Ao trocar um real investimento na base da formação cultural por uma mera “caiação” não mexemos no problema e ainda adiamos a solução.

Um outro argumento utilizado é o da dívida histórica que temos com os negros por conta da escravidão, pelos abusos cometidos em três séculos de dominação branca, pela pobreza reservada aos negros e seus descendentes e, finalmente, pela desigualdade social.

Por essa perspectiva, facilmente se levanta a bandeira da vítima do processo histórico. A escravidão ocorreu? Sim. Foi positiva? Não. Fez parte da formação da sociedade brasileira? Sim. (Gilberto Freyre analisa maravilhosamente isso em “Casa Grande & Senzala” e em “Sobrados e Mocambos”). Conseguiremos reorganizar um passado que deixou de existir através de uma política de cotas? Não! Porque são coisas distintas.

O problema da educação não tem a ver com a escravidão, com as piadas de péssimo gosto, seja de negros, de loiras, de mulheres ao volante ou de portugueses. Aliás, humor chulo atinge vários tipos de personagens, não apenas o negro.

O problema da educação é a coisa mais democrática que se tem hoje no Brasil: atinge todas as etnias – seja você negro, branco, japonês, descendente de italiano, alemão ou indígena.

Dirão que atinge mais o pobre que o rico. Sistema de cotas não resolve problema social. Só perpetua os já existentes. Disfarça, agrada à militância, deixa feliz os que acreditam no governo como uma espécie de Papai Noel, mas não vai resolver o problema da desigualdade social e não vai apagar o passado escravista que o Brasil não conseguiu romper ao organizar seu Estado politicamente independente.

Em termo de comparação, é acreditarmos que a saúde no Brasil está melhorando porque, em vez de construirmos mais hospitais e melhorarmos o atendimento já disponível, passamos a escolher os mais pobres e miseráveis para serem atendidos. Gritarão que uma coisa não pode ser comparada a outra. No entanto, o princípio é o mesmo: priorizar pessoas pelo seu status quo. Essa seria uma ação justa? Recuperaria os descalabros da saúde pública? Óbvio que não.

Eu sinto muito mesmo quando vejo uma política populista, que beneficia exclusivamente o governo em médio e longo prazo, sendo comemorada como se fosse a salvação dajuventude brasileira. É motivo para velório, para manifestação.

É a construção de uma sociedade distópica em que as aparências e a estatística burra valem muito mais que a formação real do indivíduo. É a concretização do desmoronamento do conhecimento adquirido e acumulado. É o reconhecimento de que não temos condição de consertar a educação, jogamos a toalha e vamos nos satisfazer com o mais medíocre possível. É dizer ao estudante da escola pública, aos negros, aos índios que eles precisam de uma chance maior, pois não possuem os mesmo atributos dos demais brasileiros. Por fim, essa é a técnica utilizada por governos mal intencionados para, gradualmente, acabar com uma estrutura crítica de pensamento que faz com que setores da sociedade relutem em ser mero gado humano que alimenta o monstro representado hoje pelo governo que aí está.

[*] Recomendamos os vídeos dos nossos colunistas Thomas Sowell e Walter Williams que tratam brilhantemente dessas questões: http://www.midiaamais.com.br/video/lista/Videos/pagina

Adelaide 11.111, candidata a vereadora em Vitória/ES: Um Coração que Bate por Vitória



parte 1

 

parte 2


Publicado em 29/08/2012 por Adelaide Crystêllo

ADELAIDE 11.111. Um coração que bate por Vitória

Adelaide Crystello coloca seu nome e sua vida à disposição da cidade de Vitória/ES. Conheça mais de nossa candidata em sua fan page e em sua home page:

http://www.facebook.com/adelaide11111 e http://www.adelaide11111.com.br

Direita e esquerda, origem e fim

 

OLAVO DE CARVALHO

Diário do Comércio, 1o de novembro de 2005

 

“…não se deve estranhar que o partido mais ladrão, mais criminoso, mais perverso de toda a nossa História, o partido amigo de narcoguerrilheiros e ditadores genocidas, o partido que aplaudia a liquidação de dezenas de milhares de cubanos desarmados enquanto condenava com paroxismos de indignação a de trezentos terroristas brasileiros, o partido que condena os atentados a bomba quando acontecem na Espanha e aplaude os realizados no Brasil, o partido que instituiu o suborno e a propina como sistema de governo, seja também o partido que mais bate no peito alegando méritos e glórias excelsos…”

 

Proponho ao leitor, hoje, uma breve investigação de história das idéias. Ela pode ser um tanto trabalhosa no começo, mas renderá bons frutos para a compreensão de muitos fatos da vida presente.

A inconstância e a variedade dos discursos ideológicos da esquerda e da direita, para não mencionar suas freqüentes inversões e enxertos mútuos, tornam tão difícil apreender conceptualmente a diferença entre essas duas correntes políticas, que muitos estudiosos desistiram de fazê-lo e optaram por tomá-las como meros rótulos convencionais ou publicitários, sem qualquer conteúdo preciso.

Outros, vendo que a zona de indistinção entre elas se amplia com o tempo, concluíram que elas faziam sentido na origem, mas se tornaram progressivamente inutilizáveis como conceitos descritivos.

Apesar dessas objeções razoáveis, as denominações de esquerda e direita ainda servem a grupos políticos atuantes, que, não raro imantando-as com uma carga emocional poderosa, as utilizam não só como símbolos de auto-identificação mas, inversamente, como indicadores esquemáticos pelos quais desenham em imaginação a figura do seu adversário ideal e a projetam, historicamente, sobre este ou aquele grupo social.

Quando surge uma situação paradoxal desse tipo, isto é, quando conceitos demasiado fluidos ou mesmo vazios de conteúdo têm não obstante uma presença real como forças historicamente atuantes, é porque suas várias e conflitantes definições verbais são apenas tentativas parciais e falhadas de expressar um dado de realidade, uma verdade de experiência, cuja unidade de significado, obscuramente pressentida, permanece abaixo do limiar de consciência dos personagens envolvidos e só pode ser desencavada mediante a análise direta da experiência enquanto tal, isto é, tomada independentemente de suas formulações verbais historicamente registradas.

Dito de outro modo: a distinção de direita e esquerda existe objetivamente e é estável o bastante para ser objeto de um conceito científico, mas ela não consiste em nada do que a direita ou a esquerda dizem de si mesmas ou uma da outra. Consiste numa diferença entre duas percepções da realidade, diferença que permanece constante ao longo de todas as variações de significado dos termos respectivos e que, uma vez apreendida, permite elucidar a unidade por baixo dessas variações e explicar como elas se tornaram historicamente possíveis.

Anos atrás comecei a trabalhar numa solução para esse problema e de vez em quando volto a ela desde ângulos diversos, sempre notando que permanece válida.

A solução, em versão dramaticamente resumida, é a seguinte: direita e esquerda, muito antes de serem diferenças “ideológicas” ou de programa político, são duas maneiras diferentes de vivenciar o tempo histórico. Essas duas maneiras estão ambas arraigadas no mito fundador da nossa civilização, a narrativa bíblica, que vai de uma “origem” a um “fim”, do Gênesis ao Apocalipse. Note o leitor que a origem se localiza num passado tão remoto, anterior mesmo à contagem do tempo humano, que nem pode ser concebida historicamente. Começa num “pré-tempo”, ou “não-tempo”. Começa na eternidade. O final, por sua vez, também não pode ser contado como capítulo da seqüência temporal, pois é a cessação e a superação do transcurso histórico, o “fim dos tempos”, quando a sucessão dos momentos vividos se reabsorve na simultaneidade do eterno. A totalidade dos tempos, pois, transcorre “dentro” da eternidade, exatamente como qualquer quantidade, por imensa que seja, é um subconjunto do infinito. O Apóstolo Paulo expressa isso de maneira exemplar, dizendo: “ N'Ele [em Deus, no infinito, no eterno] vivemos, nos movemos e somos [agimos e existimos historicamente, isto é, no tempo].” Estar emoldurado pela eternidade é um elemento essencial da própria estrutura do tempo. Sem estar balizada pela simultaneidade, a sucessão seria impossível: a própria idéia de tempo se esfarelaria numa poeira de instantes inconexos. Não é, pois, de espantar que a consciência histórica se forme desde dentro do legado judaico-cristão como um de seus frutos mais típicos. Mas, quando entre os séculos XVIII e XIX essa consciência se consolida como domínio independente e floresce numa variedade de manifestações, entre as quais a “ciência histórica”, a “filosofia da história” e a voga das idéias de “progresso” e “evolução”, nesse mesmo instante a moldura eterna desaparece e a dimensão temporal passa a ocupar todo o campo de visão socialmente dominante.

Uma das primeiras conseqüências dessa restrição do horizonte é que as idéias de “origem” e “fim”, já não remetendo a uma dimensão supratemporal, passam a ser concebidas como meros capítulos “dentro” do tempo – uma incongruência quase cômica que infectará com o germe da irracionalidade muitas conquistas de uma ciência que se anunciava promissora. Entre as inúmeras manifestações da teratologia intelectual que desde então sugam as atenções de pessoas bem intencionadas destacam-se, por exemplo, as tentativas de datar o começo dos tempos a partir de uma suposta origem da matéria, como se as leis que determinam a formação da matéria não tivessem de preexistir-lhe eternamente; ou os esforços patéticos para abranger o conjunto do transcurso histórico num sistema de “leis” que presumidamente o levam a um determinado estágio final, como se o estágio final não fosse apenas mais um acontecimento de uma seqüência destinada a prosseguir sem término previsível.

Se nas esferas superiores do pensamento florescem então por toda parte concepções pueris que empolgam as atenções por umas décadas para depois ser atiradas à lata de lixo do esquecimento, o distúrbio geral da percepção do tempo não poderia deixar de se manifestar também, até com nitidez aumentada, em domínios mais grosseiros da atividade mental humana, como a política. E é aí que as balizas eternas do tempo, reduzidas a capítulos especiais da seqüência temporal, passam a ser vivenciadas como dois símbolos legitimadores da autoridade política.

De um lado, a mera antigüidade temporal do poder existente (que na realidade podia nem ser tão antigo assim, apenas mais velho que seus inimigos) parecia investi-lo de uma aura celeste. O famoso “direito divino dos reis”, que de fato não era uma instituição muito antiga, mas o resultado mais ou menos recente do corte do cordão umbilical que atava o poder real à autoridade da Igreja, não é senão a tradução em linguagem jurídico-teológica de uma vivência de tempo que identificava a antigüidade relativa com a origem absoluta.

De outro lado, a perspectiva do Juízo Final, com o prêmio dos justos e o castigo dos maus quando da reabsorção do tempo na eternidade, era espremida para dentro da imagem futura de um reino terrestre de justiça e paz, de um regime político perfeito, que, paradoxalmente, seria ao mesmo tempo o fim da história e a continuação da história.

Tal é a origem respectiva dos “reacionários” ou “conservadores” e dos “revolucionários” ou “progressistas”. A direita e a esquerda modernas surgem de adaptações degradantes de símbolos mitológicos, roubados à eternidade, comprimidos na dimensão temporal e transfigurados em deuses de ocasião.

É evidente que, na estrutura do tempo real, não existe nem antigüidade sacra nem apocalipse terrestre – nem direito divino dos reis nem carisma do profeta revolucionário. São, um e outro, menos que mitos (pois uso o termo “mito” no sentido nobre de narrativa arquetípica, e não como oposto de “verdade”). O rei não é o poder de Deus e o revolucionário não é um profeta. São apenas dois sujeitos que se imaginam importantes, o primeiro porque toma a antiguidade da sua família como se fosse a origem dos tempos, o segundo porque atribui a seus projetos de governo a grandeza mítica do Juízo Final.

Direita e esquerda passaram por inúmeras variações e combinações ao longo dos últimos séculos. Mas, onde quer que se perfilem com força suficiente para hostilizar-se mutuamente no palco da política, essa distinção permanece no fundo dos seus discursos: direita é o que se legitima em nome da antigüidade, da experiência consolidada, do conhecimento adquirido, da segurança e da prudência, ainda quando, na prática, esqueça a experiência, despreze o conhecimento e, cometendo toda sorte de imprudências, ponha em risco a segurança geral; esquerda é o que se arroga no presente a autoridade e o prestígio de um belo mundo futuro de justiça, paz e liberdade, mesmo quando, na prática, espalhe a maldade e a injustiça em doses maiores do que tudo o que se acumulou no passado.

O fato de que tantas vezes os conteúdos dos discursos de direita e esquerda se mesclem e se confundam explica-se facilmente pela precariedade mesma de seus símbolos iniciais de referência – a antigüidade e o futuro --, os quais, não podendo dar conta da realidade concreta, exigem dialeticamente ser complementados pelos seus respectivos contrários, fazendo brotar, dentro de cada uma das duas regiões mentais em luta para distinguir-se e sobrepujar-se mutuamente, uma área que já não é antagônica à sua adversária, mas é a sua imitação. É assim que, por exemplo, a permanência conservadora pode ser projetada no futuro, numa espécie de utopia do existente, como as aventuras coloniais com que os reis prometiam a expansão da fé. E é assim que o hipotético mundo futuro do revolucionário busca revestir-se do prestígio das origens, apresentando-se como restauração de uma perdida idade de ouro, como na doutrina do “bom selvagem” de Rousseau ou no “comunismo primitivo” de Karl Marx. É inevitável, pois, que os conteúdos dos discursos respectivos por vezes se confundam, mas só retoricamente, pois, na esfera da ação prática, tanto o reacionário quanto o revolucionário se apegam firmemente às suas respectivas orientações no tempo.

Por meio dessa distinção é possível captar a unidade entre diferentes tipos históricos de direitismo e esquerdismo cuja variedade, de outra maneira, nos desorientaria. Um adepto do capitalismo liberal clássico, portanto, podia ser um esquerdista no século XVIII, porque apostava numa utopia de liberdade econômica da qual não tinha experiência concreta num universo de mercantilismo e estatismo monárquico. Mas é um conservador no século XXI porque fala em nome da experiência adquirida de dois séculos de capitalismo moderno e já não pretende chegar a um paraíso libertário e sim apenas conservar, prudentemente intactos, os meios de ação comprovadamente capazes de fomentar a prosperidade geral. Pode, no entanto, tornar-se um revolucionário no instante seguinte, quando aposta que a expansão geral da economia de mercado produzirá a utopia global de um mundo sem violência. Em cada etapa dessas transformações, o coeficiente de esquerdismo e direitismo de sua posição pode ser medido com precisão razoável.

É inevitável, também, que, pelo menos em certos momentos do processo, esquerdistas e direitistas se equivoquem profundamente no julgamento de si próprios ou de seus adversários. Da parte dos direitistas, tanto hoje como ao longo de todo o século XX, a grande ilusão é a da equivalência. Como estão acostumados à idéia de que direita e esquerda existem como dados mais ou menos estáveis da ordem democrática, acreditam que essa ordem pode ser preservada intacta e que para isso é possível “educar” os esquerdistas para que se afeiçoem às regras do jogo e não tentem mais destruir a ordem vigente. Pelo lado esquerdista, porém, essa acomodação é impossível. No mundo dos direitistas pode haver direitistas e esquerdistas, mas, no mundo dos esquerdistas, só esquerdistas têm o direito de existir: o advento do reino esquerdista consiste, essencialmente, na eliminação de todos os direitistas, na erradicação completa da autoridade do antigo. Foi por essas razões que os EUA retiraram pacificamente suas tropas dos países europeus ocupados depois da II Guerra Mundial, acreditando que os russos iam fazer o mesmo, quando os russos, ao contrário, tinham de ficar lá de qualquer modo, porque, na perspectiva da revolução, o fim de uma guerra era apenas o começo de outra e de outra e de outra, até à extinção final do capitalismo. A sucessão quase inacreditável de fracassos estratégicos da direita no mundo deve-se, no fundo, a uma limitação estrutural do direitismo: eliminar a esquerda completamente seria uma utopia, mas a direita não pode tornar-se utópica sem deixar de ser o que é e transformar-se ela própria em revolucionária, absorvendo valores e símbolos da esquerda ao ponto de destruir a própria ordem estabelecida que desejava preservar. O fascismo, como demonstrou Erik von Kuenhelt-Leddin no clássico “Leftism: From De Sade and Marx to Hitler and Marcuse” (1974), nasce da esquerda e arrebata a direita na ilusão suicida da revolução contra-revolucionária. Ser direitista é oscilar perpetuamente entre uma tolerância debilitante e acessos periódicos de ódio vingativo descontrolado e quase sempre vão. Mas a direita no Brasil está em decomposição há décadas e não tem graça nenhuma falar dela.

A esquerda, por sua vez, como se apóia integralmente na imagem móvel de um futuro hipotético, não pode julgar-se a si própria pelos padrões atualmente existentes, condenados “a priori” como resíduos de um passado abominável. Seu único compromisso é com o futuro, mas quem inventa esse futuro e o modifica conforme as necessidades estratégicas e táticas do presente é ela própria. Por fatalidade constitutiva do seu símbolo fundador, ela é sempre o legislador que, não tendo autoridade acima de si, legisla em causa própria, faz o que bem entende e, a seus olhos, tem razão em todas as circunstâncias, embriagando-se na contemplação vaidosa de uma imagem de pureza e santidade infinitas, mesmo quando chafurda num lamaçal de crimes e iniqüidades incomparavelmente superiores a todos os males passados que prometia eliminar. Ser esquerdista é viver num estado de desorientação moral profunda, estrutural e incurável. É mergulhar as mãos em sangue e fezes jurando que as banha nas águas lustrais de uma redenção divina.

Por isso não se deve estranhar que o partido mais ladrão, mais criminoso, mais perverso de toda a nossa História, o partido amigo de narcoguerrilheiros e ditadores genocidas, o partido que aplaudia a liquidação de dezenas de milhares de cubanos desarmados enquanto condenava com paroxismos de indignação a de trezentos terroristas brasileiros, o partido que condena os atentados a bomba quando acontecem na Espanha e aplaude os realizados no Brasil, o partido que instituiu o suborno e a propina como sistema de governo, seja também o partido que mais bate no peito alegando méritos e glórias excelsos.

Ser esquerdista é ser precisamente isso.

***

Direita e esquerda são politizações de símbolos mitológicos cujo conteúdo originário se tornou inalcançável na experiência comum. Elas existirão enquanto permanecermos no ciclo moderno, cujo destino essencial, como bem viu Napoleão Bonaparte, é politizar tudo e ignorar o que esteja acima da política. Não existirão para sempre. Mas, quando cessarem de existir, a política terá perdido pelo menos boa parte do espaço que usurpou de outras dimensões da existência.

DOIS EM UM: A construção da Nova Classe Brasileira

 

HEITOR DE PAOLA


A GLEICHSHALTUNG [i] TUCANO-PETISTA


HEITOR DE PAOLA

28/07/2012

Sem luta de classes, sem hostilidade aos ricos, sem violação desonesta ou injusta do direito de propriedade, mas uma disposição constante de melhorar a condição das classes menos favorecidas pela sorte

GIUSEPPE MAZZINI, Carbonário e Fundador do movimento Giovane Italia

O lema do movimento profundamente anticlerical fundado por Mazzini em 1831 era "Deus é o povo". A visão política de Alessandro Mussolini, pai do futuro Duce, era uma combinação do anarquismo de Carlo Cafiero e Mikhail Bakunin, o autoritarismo militarista de Giuseppe Garibaldi e o nacionalismo extremo de Mazzini. Benito, influenciado por seu pai, colocava Mazzini no topo de uma lista de libertários, anarquistas e socialistas utópicos, lista que incluía Proudhon, Bakunin, Fourier, Saint Simon e Owen. Mazzini defendia que a mobilização das massas deveria ocorrer pela incessante doutrinação destas por pequenos grupos de conspiradores que, pela constante repetição despertaria e colocaria as forças populares em movimento. Mussolini aproveitou bem estas idéias quando criou osfasci de combattimento, no que foi emulado por Lenin e Trotsky na organização dos soviets e Hitler com as Sturmabteilungen.

Outro que sofreu grande influência de Mazzini foi Antonio Gramsci, para formular seu conceito de ‘revolução passiva’, categoria fundamental que utilizou para compreender a formação do Estado burguês moderno na Itália. O conceito de “revolução passiva”, “revolução-restauração” ou “transformismo” foi trabalhado por Gramsci em sua obra Il Risorgimento. Para ele, o movimento conhecido como Risorgimento pode ser definido como formação das condições concretas, incluindo as relações internacionais, que possibilitaram a unificação do Estado italiano a partir da união das forças nacionais. Queria um movimento que fosse capaz de utilizar o Estado para realizar a transformação nacional, o que a burguesia não tinha feito. Assim, Gramsci traz à tona duas questões fundamentais para discussão do marxismo: o papel das elites e a função das alianças de classe.

No Brasil foi feito um esforço de autores como Leandro Konder (o Imbecil Coletivo), Carlos Nelson Coutinho, Luiz Werneck Viana e outros tentando trazer à discussão o conceito leninista de revolução como uma possibilidade de interpretação da constituição do modelo moderno de capitalismo brasileiro [ii].

Brasil: 1985-1994

Um sistema fascista é caracterizado pela partilha do poder entre um partido dominante e uns quantos grupos econômicos, pela uniformização ideológica da sociedade, pela constante intimidação das oposições e pelo controle estatal da vida privada

OLAVO DE CARVALHO

A burguesia está podre no seu âmago. Não tem mais idealismo nem princípios e está preocupada apenas em ganhar dinheiro

ADOLF HITLER

A partir das Leituras de Gramsci (1985), Coutinho compreende que o conceito, de “revolução passiva” trabalhado por Gramsci complementa o que estava faltando na teoria leninista (os aspectos supra-estruturais). Não é de estranhar que as leituras de Gramsci tenham se iniciado neste ano: como comunistas, Konder, Coutinho, Viana et caterva receberam ordens de Moscou para mudar radicalmente o rumo do processo revolucionário brasileiro. Na verdade não compreenderam nada por si mesmos, pois são incapazes de pensar se não receberem as devidas palavras de ordem. Exatamente em 1985 começaram a tomar forma as reformasPerestroika (Re-estruturação) e Glasnost (Transparência) implantadas por Gorbachëv na URSS. Em 87 ele publica seu livro [iii], muito pouco lido, embora a palavra em si tenha se transformado em mais um vocábulo da língua de pau, que todos aceitam pelo seu apelo emocional sem se dar conta de que, já no primeiro capítulo, o autor esclarecia que o processo era ‘um retorno a Lenin como fonte ideológica: As obras de Lenin e seus ideais socialistas permaneceram conosco como fonte inesgotável de pensamento dialético criativo, riqueza teórica e sagacidade política’ (p. 25). Em 89 cai o Muro de Berlim e o mundo livre respirou aliviado: o comunismo acabou!

Este estudo, que será aprofundado, tratará do processo de assalto ao poder por uma nova classe auto-denominada elite intelectual que se arroga uma sabedoria acima da do comum dos mortais e que, portanto, sabe o que é melhor para o mundo. Geralmente se aproveitam do estado democrático e das liberdades públicas para pôr fim às mesmas e estabelecer um regime em que se perpetuam no poder. Pouco importa aqui, os rótulos comumente usados como ‘comunismo’, ‘fascismo’, ‘autoritarismo’ ou outros. Pouco importa também se são ou não mantidos os simulacros de um estado democrático, como a existência dos três poderes, eleições regulares e processos legais e algum grau de liberdade econômica, ao menos na aparência. Importa, sim, detectar os passos no sentido da formação e tomada de poder por parte desta nova classe de dirigentes que se dispõem a empregar a engenharia social para transformar a própria consciência da população e quais os métodos empregados.

Para publicação no Jornal Inconfidência. Belo Horizonte, MG


[i] Gleichschaltung é a coordenação, sincronização e uniformização de todos os aspectos da sociedade e sua conformação com os desígnios da Nova Ordem. O termo Gleichschaltung é usado para significar o processo pelo qual o nazismo conseguiu estabelecer um efetivo sistema de controle totalitário.

[ii] Antonia de Abreu Sousa, O CONCEITO GRAMSCIANO DE “REVOLUÇÃO PASSIVA” E O ESTADO BRASILEIRO (Konder foi acrescentado por mim)

[iii] Mikhail Gorbachëv, Perestroika: Novas Idéias para o Meu País e o Mundo, Best Seller, São Paulo, 1987

 

 

A CONSTRUÇÃO DA NOVA CLASSE BRASILEIRA II


HEITOR DE PAOLA

28/08/2012

Cuando los interese privados se consideran contrarios al interés general, tenemos la justificación ética del poder absoluto, y su consecuencia: el interés privado de los gobernantes que forman el Gobierno.

ARMANDO RIBAS

O bem estar do povo tem sido particularmente um álibi para os tiranos

ALBERT CAMUS

A NOVA CLASSE

Terminei a primeira parte dizendo que, para uma compreensão do passado recente, do presente e dos possíveis futuros de nosso País, é necessário detectar os passos no sentido da formação e tomada de poder por parte desta nova classe de dirigentes que se dispõem a empregar a engenharia social para transformar a própria consciência da população e quais os métodos empregados. Nos diferentes partidos e organizações envolvidos, os meios diferem, mas os objetivos, os fins, são exatamente os mesmos.

O termo Nova Classe é usado aqui no sentido que lhe foi dado por Milovan Đilas Membro do Comitê Central do Partido Comunista Iugoslavo, Presidente da Assembleia Federal e considerado o sucessor natural de Josip Broz “Tito”. Em 1953-54 escreveu 19 artigos para o órgão oficial da Liga dos Comunistas, Borba, denunciando a formação de que uma nova classe dominante através de benefícios concedidos oficialmente a altas patentes militares e administradores civis, incluindo casas caríssimas nas melhores áreas do país. Estes textos representavam uma ameaça aos líderes e Đilas foi expulso do partido e de seus cargos no governo. De sua extensa obra a mais conhecida é The New Class: An Analysis of the Communist System, de 1957.

Sua principal observação é a de que um Estado sem classes, a tal utopia com que se engabelam idiotas úteis, não passava de uma farsa para a criação de uma nova classe, com poder sem rival em toda a história da humanidade. Este termo se aplica a todos os países comunistas [i] e também ao fascismo e nazismo, com a diferença que neste último a utopia era a da superioridade da raça germânica e a divisão em castas dentro da própria Alemanha com a eliminação das classes tradicionais. ‘O Nacional-Socialismo pretendia, essencialmente, um novo tipo de comunidade que oferecesse grande mobilidade social e progresso pessoal através de mérito e Leistung (realização pessoal) e que apelasse para grande parte da sociedade’ [ii]. Diferentemente do comunismo, o nazismo não pretendia ser a expressão de uma determinada classe social, mas encontrar apoio e oposição em todas elas. Por esta razão o acesso à elite SS, por exemplo, estava aberto a todas as classes e constituía uma “comunidade Germânica modelo”, aVolksgemeinschaft (op. cit.).

O fascismo italiano seduzia a maior parte da população trabalhadora com a eliminação das classes sociais, substituindo-as por poderosas corporações de ofício semelhantes às guildas medievais onde a ascensão social era teórica e legalmente possível através de rígidos regulamentos [iii], embora dificílima na prática.

O nazismo desapareceu, ao menos enquanto força real, sobrevivendo apenas em difusos focos ‘neonazistas’ que não constituem um movimento global organizado. É preciso não confundir o antissemitismo que permanece forte e impávido com uma estrutura partidária antijudaica. Nem o antissemitismo muçulmano apresenta aquelas estruturas características, não obstante ser tanto ou mais virulento. É um erro, embora muito encontrado, chamá-lo de islamofascismo, pois o fascismo é algo muito diferente. O fato de que tenha havido ampla colaboração entre muçulmanos, como o Mufti de Jerusalém, e o Partido Nazista não autoriza confundir os dois numa mistura absurda, como também chamar de fascista o ultranacionalismo militarista japonês pelo simples fato de terem assinado o Pacto Anti-Komintern. A idéia de que o mundo ideologicamente está dividido entre comunistas – a esquerda a favor do povo e da paz – e fascistas – a direita ‘burguesa’, exploradora do trabalho alheio, belicista e antissemita – é uma genial invenção de Stalin após o rompimento do Pacto Molotov-Ribbentrop por Hitler e ainda domina a mente de grande parte da intelectualidade ocidental, até mesmo dos que se dizem liberais ou conservadores que pensam e se deixam guiar por estes paradigmas. O termo fascismo é ainda usado para designar a sociedade aberta, liberal e democrática, pois segundo os cânones stalinistas a democracia liberal burguesa, etapa inevitável do devir histórico marxista, é fascista.

Outro destino teve o comunismo, persistindo quase inalterado até 1985, quando muitos acreditam que acabou. Na realidade o que ocorreu foi a desarticulação de uma estrutura rígida por outra mais flexível e palatável para todos os gostos. Pelo contrário, ao se flexibilizar tornou-se mais difuso e dificilmente identificável pela metodologia de estudo tradicional, como explico n’O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial. Aparente ou oculto permeia diversos partidos políticos, mas principalmente organizações da ‘sociedade civil organizada’ sendo moldável a diferentes circunstâncias - como os gases que se acomodam em qualquer recipiente. Todas as organizações, sindicatos, igrejas, forças armadas, o que seja, possuem uma fração que torna o partido comunista atuante em grupos não comunistas. Com o crescente anticomunismo estas frações passaram a se chamar, não mais comunista, mas progressistas.

Eu conheci muito bem este assunto ao fazer parte da fração – majoritária - da AP na UNE em 1965. No entanto, aprendi com Bella Dodd[iv] algumas lições sobre este tema, das quais destaco duas.

A primeira me esclareceu uma dúvida de 42 anos: por que um sujeito desconhecido como eu foi subitamente elevado à cúpula da política estudantil semi clandestina? ‘Porque esta é uma tática dos partidos comunistas: levar desconhecidos a uma posição de liderança. Quanto mais inexperiente e menos conhecimento melhor, porque será mais facilmente manobrado pelo partido. Súbita e dramaticamente o partido transforma um João-ninguém em “alguém”. Se a tática mudar, com a mesma rapidez fazem deste “alguém” novamente um João-ninguém’.Eu também me espantei quando percebi que mesmo em minoria e perdendo todas as decisões, a fração é muito importante, porque não interessa necessariamente ganhar, mas expor a visão do partido e, com isto, angariar mais adeptos. Como diz Dodd: ‘Toda derrota é uma vitória!’

Percebem os leitores o que significam os chavões ‘precisamos discutir mais profundamente esta questão’, ‘é preciso discutir com toda a sociedade’ e outros similares? Não é um discurso dialético que buscam, nem uma argumentação erística, a patifaria intelectual de ganhar uma discussão a ferro e fogo [v]: nem mesmo a vitória é absolutamente necessária – este, é claro é o objetivo final a ela se chega geralmente pelo cansaço porque paciência e tempo livre não lhes faltam -, o mais importante, no entanto, é ‘colocar’ a posição do partido e se possível ‘tirar’ uma decisão. Notem os verbos empregados: não se referem à discussão, ao debate de idéias, mas denunciam uma intenção concreta. Se for necessário vencer, o estratagema de encolerizar o(os) adversário(s) para que percam a capacidade de pensar e passem a agredi-los, se tornando vítimas da ‘truculência fascista’ e com isto angariar mais adeptos entre os neutros.

A segunda lição é de que ‘em algumas organizações ideologicamente neutras, ao invés de frações, havia “sleepers”, agentes clandestinos colocados secretamente com a finalidade de espionar e sabotar a organização considerada inimiga (para os comunistas não existe neutralidade, todo não comunista é inimigo) defendendo os interesses do partido e que, a um sinal pré-combinado, poderiam ser “acordados”. Não havia organização que não fosse infiltrada por frações ou sleepersou ambos’.

O COMUNISMO PÓS-SOVIÉTICO

A Perestroika, como foi denunciada por Golitsyn [vi] em 1985, era um plano para reestruturar não o comunismo, como na aparência, mas a visão que o Ocidente tinha do mesmo e acabar com o anticomunismo. Foi elaborado em 1958 pelo Politbüro do PCUS baseado na leitura das obras de Antonio Gramsci levadas para a URSS por seu sucessor Palmiro Togliatti, dada a necessidade de abandonar a truculenta estratégia stalinista anterior que havia gerado um forte sentimento anticomunista. O momento propício para ser desencadeado chegou quando a poderosa troika anticomunista – João Paulo II, Ronald Reagan e Margareth Thatcher – empolgava o mundo com suas idéias conservadoras e reformas liberais. Até hoje muita gente acredita que suas ações venceram o comunismo. Nada mais falso!

Ao contrário, a queda de URSS permitiu uma expansão rápida e prolífica, podendo-se dizer que o comunismo, sem a URSS, tornou-se muito mais forte exatamente por ser mais aceito pela liquidação do anticomunismo. Não foi a URSS que criou o comunismo, mas este que criou a URSS e usou-a enquanto foi necessário descartando-a quando se tornou um empecilho. Putin e o FSB, um disfarce para a continuação intacta do KGB, mantiveram acessa a chama comunista e a reconstrução atual da URSS é uma realidade insofismável.

Se a Nova Classe pressupõe a existência de um partido hegemônico, o conceito de partido aqui é bem mais elástico, portanto, do que o que entendíamos no passado. Pode haver vários partidos envolvidos no processo, como também, e principalmente, a uniformização de pensamento das principais áreas privilegiadas da sociedade mesmo não pertencentes diretamente a nenhum partido político. É aí que entra o conceito de Gleichshaltung já definido como a coordenação, sincronização e uniformização de todos os aspectos da sociedade, principalmente do pensamento, e sua conformação com os desígnios da Nova Ordem.

A NOVA ORDEM MUNDIAL E A SUPERAÇÃO DO SENTIDO ‘NACIONAL’ DE NOVA CLASSE

As ideias sobre uma Nova Ordem Mundial são muito antigas e já escrevi vários artigos sobre isto [vii]. Abordarei aqui apenas o que se refere à Nova Classe, pois desde que Đilas a denunciou tomou força a idéia de uma Nova Classe não mais nacional, mas mundial. O que denominei (op.cit.) Uma aliança improvável ... mas real! Pode ser resumido em poucas palavras: as grandes corporações, o big business conseguido através da livre iniciativa e da concorrência, criaram os metacapitalistas aos quais a competição não mais interessa. Segundo o conselho de Frederick C. Howe (Confessions of a Monopolist): ‘arranje um monopólio, deixe a sociedade trabalhar para você e lembre que o melhor negócio de todos é a política, porque uma concessão legislativa, uma franquia estatal, um subsídio ou uma isenção de impostos vale mais do que uma mina (de diamantes) em Kimberley, porque não exige nenhum trabalho, nem físico nem mental para explorar’. Ou, com outras palavras, o melhor sócio do mundo é o governo e, se a corporação for suficientemente poderosa, vários governos. São as hoje denominadas PPP, parceiras público-privadas, que Eike Batista chamou de ‘kit felicidade’. E certamente quanto mais forte for o governo e maior controle exercer sobre a sociedade, melhor para os investimentos. O big business execra principalmente duas coisas: na economia, a livre concorrência e na política as eleições periódicas, livres e não controladas (x).

Anthony Sutton, em seu livro Wall Street and the Bolshevik Revolution(Bucanner Books, 1993) afirma que em 1917 o regime corrupto do Tzar foi substituído por outro poder corrupto, dos bolcheviques. ‘Os Estados Unidos poderiam contribuir para uma Rússia livre, mas Wall Street não podia tolerar uma Rússia livre, democrática e descentralizada’. O regime bolchevique altamente centralizado era tudo que desejavam, pois a centralização do poder econômico só se dá num regime politicamente centralizado.

Ao aspecto econômico aliou-se o político: Woodrow Wilson, que se reelegera em 1916 com o slogan ‘Ele nos manteve fora da guerra’, tão logo tomou posse aproveitou o afundamento de um navio inglês que levava cidadãos americanos para declarar guerra às potências centrais. No mesmo ano, concedeu passaporte americano a Leon Trotsky facilitar sua participação na tomada do poder pelos bolcheviques.

Quando da Revolução de fevereiro de 1917 e o estabelecimento do Governo Provisório, Wilson impôs como condição de ajuda econômica, a manutenção da Rússia na guerra, em acordo com França e Inglaterra que não queriam que a Alemanha liberasse suas forças na Frente Oriental, mas em total desacordo com a grande maioria do povo Russo, principalmente os soldados espezinhados pelos oficiais imperiais que permaneceram em seus postos apesar da Revolução Republicana.

Esta era a hora de Wilson fortalecer o Governo Provisório com ajuda maciça, mas os assessores militares Ingleses e Franceses apostavam num golpe militar que mantivesse a Rússia na guerra. Apesar do caos que tomara conta do front, com soldados sem armas nem munição, mal nutridos e sem uniformes, desertando e correndo volta para casa, os Aliados continuavam querendo a Rússia na guerra a qualquer preço[viii]. Os russos queriam alguém que lhes tirasse da guerra o mais cedo possível.

A propaganda leninista maciça financiada pela Alemanha permitiu aumentar a tiragem do Pravda de 85.000 para 320.000 entre junho e julho, além do que passou a haver uma edição especial para os soldados, Soldatskaia Pravda, com tiragem de 350.000. Antes de propagar as benesses do comunismo, faziam propaganda contra a guerra, o que era sinfonia aos ouvidos de soldados e operários.

O golpe de Estado bolchevique foi possível porque embora fossem minoria no Primeiro Congresso dos Soviets de Toda a Rússia (105 Delegados, contra 285 dos Socialistas Revolucionários e 248 dos Mencheviques [ix]) contavam com o apoio quase total da guarnição do Exército em Petrogrado (a grande maioria, 11.000, pertencente ao Regimento de Metralhadoras) que se dividiu quando mandada para o front: mais da metade rebelou-se e apoiou os bolcheviques.

Tão logo tomou o poder Lenin começou a organizar a Nova Classe comunista: a antiga classe dominante recebeu a denominação genérica de burzhooi, palavra obviamente derivada do francês bourgeoisie, massem a conotação de classe social específica incluía indiscriminadamente empregadores, oficiais, proprietários de terra, padres, profissionais liberais e, eventualmente, Judeus. Para os jornais marxistas: ‘inimigos do povo’ em geral. Embora a maioria fosse de pequenos comerciantes, professores, médicos já empobrecidos pela guerra e pela inflação, sofreram pesados impostos e confiscos de bens. Os bancos foram nacionalizados e as caixas de segurança arrombadas. Todo o dinheiro foi parar nas mãos dos nouveaux riches soviéticos – comissários ‘do povo’, soldados e marinheiros, bandidos em geral. O Terror Vermelho tornou-se política oficial de exterm´nio de toda a oposição e, mesmo sabendo das atrocidades que os bolcheviques passaram a perpetrar contra seu povo, o Terror Vermelho [x], Wilson continuou apoiando o governo revolucionário. Quando se deu conta do que tinha feito era tarde demais. Mas os capitalistas de Wall Street se deram muito bem com o regime de seus ‘inimigos’. A Nova Classe nascia do roubo, já internacional desde as origens.

(x) Quando este texto ia ser publicado foi divulgado pelo Globo as diferenças entre os preços de automóveis no Brasil, nos USA e no resto do mundo. Aqui, com um governo popular e protecionista o imposto é 32%, o lucro 10% e o custo de produção 58%. No suposto paraíso das empresas são respectivamente 6-9%, 3% e 88-91%.

(CONTINUA)


[i] Mikhail Sergeievitch Voslensky descreveu a situação na URSS emNOMENKLATURA: Como vivem as classes privilegiadas na União Soviética, Rio: Record, 1980.

[ii] Herbert F. Ziegler, Nazi Germany’s New Aristocracy: The SS Leadership, 1925-1939, 1989, Princeton

[iii] Carta del Lavoro, VI: As associações profissionais legalmente reconhecidas asseguram a igualdade jurídica entre os empregadores e os empregados, mantendo a disciplina da produção e do trabalho, promovendo o seu aperfeiçoamento. As corporações constituem a organização unitária das forças de produção, representando integralmente seus interesses. Devido a esta representação integral, sendo os interesses da produção, interesses nacionais, as corporações são reconhecidas por lei como órgãos do Estado.

[iv] School of Darkness: The record of a life and a conflict between two faiths,NY, Devin-Adair Co., 1954

[v] Olavo de Carvalho, Como vencer um debate sem precisar ter razão, Rio: Topbooks, 2003

[vi] Anatoliy Golitsyn, New Lies for Old, Clarion House, Atlanta, 1984. E também The Perestroika Deception: the World Slides towards the ‘Second October Revolution’, Edward Harle, NY, 1990 (só foi publicado em 95).

[vii] Um bom sumário pode ser encontrado em O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial, É Realizações, SP, 2008

[viii] As informações que se seguem são do livro de Jim Powell, Wilson’s War: How Woodrow Wilson’s great blunder led to Hitler, Lenin, Stalin & World War II, Crown Forum, NY, 2005

[ix] Bolchievik (maioria) e Mienchievik (minoria) se referiam à cisão do Partido Social-Democrata Russo. Não obstante terem a maioria interna os bolchieviks jamais superaram os outros em votos populares.

[x] Segundo Richard Pipes (The Russian Revolution, NY:Knopf, 1990) ‘o Terror foi possível pela eliminação de todas as restrições legais e sua substituição por algo vagamente definido como “consciência revolucionária”. A Rússia Soviética foi o primeiro Estado em toda a história a formalmente colocar a própria lei fora da lei (to outlaw Law)’.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".